Quem sou eu

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Pátria, Amada, Brazil
Apenas um rapaz, um rapaz que não tem medo de mostrar seus sentimentos, aliás, tem orgulho. Amor não é algo para ser guardado oculto dentro de nós, mas sim dividido com o mundo, pois o amor está em falta ultimamente...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

*LUTO* Meu coração morreu



Sentira como se teu coração tivesse sido arrancado a sangue frio de seu peito e nunca mais visto novamente? Mas o fato dele não ser retornado a você, não é porque a pessoa que o roubou não quer devolvê-lo, mas sim porque seu coração não quer sair das mãos dela.
Agora não passo de um invólucro vazio, um jarro sem flores, um aquário sem peixes, algo que perdera seu propósito de existência.
Não me caiu a fixa de que ela não é mais minha, minha mente está fechada, meu peito está aberto e meu coração está em pedaços.
Já não há mais lágrimas para chorar, já não há mais forças para tremer, jamais haverá outra como você. Posso ser jovem, posso ser tolo, posso ser exagerado, mas não sou mentiroso! Tu foste a MELHOR coisa que já me acontecera, sem a menor sombra de dúvidas.
O que Deus pensou ao nos separar? Será que gostou da idéia? Se realmente me ama, sei que Ele cometeu um erro grave. Nem tudo que é imposto na vida é bem aceito, reconheço que não, mas não se deve impor a alguém a morte. Estou a encarando bem de perto agora, ela me quer, pois agora, não há mais motivos para continuar vivendo. A lâmina da foice está em meu pescoço pedindo para ser puxada e levar-me daqui de uma vez por todas.
Tantas noites mal dormidas pensando nela, orando por nós. TUDO EM VÃO! Mas por quê?
Tudo que escrevi, disse ou fiz em vida é dedicado do fundo de minha alma à minha amada. Se é que eu ainda posso chamá-la assim...
Sua voz, sempre serena, no telefone me deixou mais confuso do que nunca hoje. Não entendi seus motivos, suas vontades, seus pedidos e acima de tudo, não entendi minha reação. Não chorei, não gritei aos ventos numa tentativa inútil de ser ouvido uma última vez por Deus, que insiste em esquecer-se de mim.
Todos tentando me consolar dizem: “É assim com todos... Não fique triste, isso é normal, isso vai passar, confie em mim”. Não é questão de confiança. É questão de encarar os fatos. NÃO SOU MAIS UM QUALQUER QUE PODE SER ENCAIXADO NUMA REGRA GERAL VÁLIDA PARA TODOS OS QUE TIVERAM SEUS CORAÇÕES PARTIDOS. NÃO SOU, NEM NUNCA SEREI. O QUE SENTI, O QUE VIVI FOI UMA EXCESSÃO Á TODAS AS REGRAS, A TODOS OS PADRÕES, A TUDO. EU NÃO SOU IGUAL A VOCÊS E NÃO TENTEM TORNAR-ME MAIS UM CONFORMISTA E AMARGURADO SER REPÚGNANTE A VAGAR PELA TERRA SEM AMOR E SEM VIDA, POIS O QUE LAMENTO NÃO É A PERDA DE UMA SIMPLES MULHER, É A PERDA DE UMA PROMESSA DE VIDA PERFEITA! CALEM-SE TODOS. NÃO PRECISO DE AJUDA. PREFIRO SER UM HERMITÃO O RESTO DA VIDA A SER ABORDADO COM EXEMPLOS E HISTÓRIAS DE PESSOAS QUE JÁ SOFRERAM POR AMOR.
O sentimento que tive não morrerá nunca, mas aquele que o carrega tem uma data de validade cada vez mais próxima, tão próxima que já chegou. Meu coração já está vencido, já está morto, nas mãos de alguém que eu esperava e orava que o tratasse bem para todo o sempre. Nada na vida é justo.
Em seu testamento, meu coração disse: “Leva pouquíssimo tempo para apaixonar-se, mas demora uma vida inteira para esquecer-se dessa paixão”.
20/01/2011 – 20h56min

Leonardo Alves Fernandes: 28 de Março de 1994 – 20 de Janeiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Don't Breathe, Just Feel



There are so many reasons to pull the trigger and leave this world. But there’s just one reason that makes me want to live. She is the only thing that keeps me going straight through a life full of regrets, pain and death. When I stand at the end of the road and look back I realize that nothing was worth it. Every step, every breath, every heartbeat… They were all lies.
There’s one thing that’s not so clear yet – if she is also a lie. I hope not.
Only fate can show me truth from now on. I can’t rely on anything and anyone, not even myself. The only one that deserves to be trusted is God.
Right now my heart is cold as ice, black as night. And don’t worry about it… This will just last FOR EVER.

01/18/2011 – 22:35

domingo, 16 de janeiro de 2011

ATÉ ONDE VOCÊ IRIA?



Miguel e Bruno. Inseparáveis, quase irmãos. Tão amigos, tão parecidos, tão ligados que imprudentemente apaixonaram-se pela mesma mulher... Tolos. Nenhum sabia da paixão do outro.
Secretamente, o amor deles por ela crescia.
Até o dia em que um resolveu aventurar-se e aproximar-se dela. Miguel decidiu arriscar uma conversa inocente. Por ser carismático e galanteador, manteve a garota interessada por toda a conversa.
Logo a relação deles se estreitava, enquanto Bruno ficava observando a cena de longe, amargurado. Ele olhava tudo se desenrolar incapaz de tomar qualquer ação. Afastava-se mais e mais de Miguel, sempre com desculpas, como compromissos, deveres e falta de tempo. Semanas se passavam e Bruno se esquivava sempre que possível de qualquer oportunidade de conversar com seu “ex”-melhor amigo.
O pobre rapaz perguntava-se: “se dizem que somos tão parecidos, por que ele a merece e não eu?”, mas nunca achava uma resposta.

Um dia, sozinho, em casa e com fome, Bruno recebe uma ligação de uma pessoa desconhecida. Uma voz que nunca havia ouvido antes diz:
“Até onde iria para salvar quem você ama?”.
No início, ele achou que fosse um simples trote.
– Boa pergunta... Eu acho que iria pra cozinha fazer um sanduíche e desligar o telefone.
– Bruno, isto não é brincadeira, escute com atenção se não a garota que você ama irá morrer em 24 horas.

Nesse momento uma gota de suor corre seu pescoço e ele engole a saliva a seco. Afinal a voz acabara de falar o nome dele e sabia da garota que perdera para Miguel.
– Meu amigo está com ela agora. Não tenho mais interesses nela, – falando com um tom que denuncia a mentira que falou – são águas passadas.
– Nós dois sabemos que isso não é verdade. Então, cale-se e ouça. Está disposto a matar para que sua amada continue viva?

Ele fica em estado de choque com o pedido da pessoa misteriosa e revolta-se.
– Quer saber? Não vou aturar mais essa conversa de gente louca!
E bate o telefone no gancho. Imediatamente após desligar o telefone toca novamente.
– Isso não tem graça, quero que saiba que caso essa seja sua palavra final ela será morta aqui e agora e Miguel será o próximo.
– Como sabe dele também? O que eles têm haver com você? Quem é você? Não fizemos nada para merecer isso!

Mesmo um lado de Bruno odiar e invejar Miguel, outro ainda o ama como um irmão. Perder o amor de sua vida e ainda por cima perder seu melhor amigo? Seria dor demais para um homem só agüentar.

– Eles são a razão disso tudo; não sou ninguém importante para você, nem nunca serei; vocês são o que me motivou a fazer o que estou fazendo. Vou perguntar só mais uma vez. “Está disposto a matar para que sua amada continue viva?”.
– Sim. Continue.
– Na estante de cima na sala de estar você vai encontrar uma arma, carregada, portanto tome cuidado, preciso de você vivo para que isso dê certo.

Quando vai até a sala com o telefone, desacreditado que encontraria uma arma de verdade, ele estica a mão até a estante mais alta e sente algo... Ao pegar e ver o que era quase tem um ataque do coração. Era uma pistola. Percebendo que a situação era mais séria que pensava, Bruno resolve colaborar e acabar com isso o mais rápido possível.

– Encontrou a arma?
– Sim. Estou ouvindo. Quem você quer que eu mate agora?
– Seu alvo, no momento está a três quarteirões de onde está...
– Mas quem é?
– Não me interrompa!... Na Praça da Liberdade próximo do posto de gasolina.
– Estou a caminho.
– Ah e Bruno, leve seu celular, caso faça algo estúpido quero que ouça as últimas palavras dela.

Ele segue até o local combinado. Ao chegar recebe uma ligação.

– Vá para o apartamento 406 do prédio na esquina sul da praça e vigie a única janela da sala até seu alvo chegar.
– “Chegar”?! Disse que já estaria aqui!
– Tudo na hora certa, agora faça o que mandei.

Bruno procura o edifício desesperado. Avista-o em meio às árvores e corre até lá. Entra, sobe as escadas e vasculha o 4º andar atrás do apartamento. Encontra-o e fica de tocaia por horas.

Até que, já de noite, aparece um homem conversando no celular, e senta-se num banco bem em frente à janela. Estava longe de mais para ver seu rosto... De repente o telefone de Bruno toca mais uma vez.

– Lá está seu alvo. Agora, mate-o e estará livre assim como seu amor.
– Mas nem conheço aquele cara! Se for um pai de família ou algo do tipo, estarei arruinando muito mais do que a vida dele.
– Está disposto a salvá-la ou não? Esta é minha última ordem. Faça-o e saia vivo com aquela que ama, ou escute-a agonizar até a morte.
– Farei isso. Mas tem que me dar sua palavra de que ela ficará bem.
– Tem minha palavra.

O misterioso personagem desliga o telefone. Bruno ajeita sua arma no peitoril da janela e com calma faz sua mira. Sente seu dedo pulsar enquanto encosta no gatilho, seu coração soca seu peito como nunca antes, suor lhe escorre na testa e nas mãos. Uma mensagem é recebida em seu celular, mas ele estava pronto e concentrado demais para ver do que se tratava. “Deus me perdoe pelo que estou prestes a fazer” disse assim o rapaz com voz trêmula.

Logo se ouve um estrondo, todos os pássaros, da praça, assustados saem voando e um homem cai morto no chão. Bruno sem ação, só parado na mesma posição, não acredita no que acabara de fazer. Matara uma pessoa. Com suas próprias mãos. Cai num tapete perto da janela e lágrimas começam a se formar.

Ouve-se a porta do apartamento abrir e para a surpresa de Bruno lá estava ela, seu amor, viva e instigada ao vê-lo no chão chorando. A pessoa não identificada do outro lado da linha tinha cumprido sua promessa. A garota, então, pergunta-lhe:

– Você é Bruno?
– Sou.
– Prazer, sou Bianca, acho que nunca fomos propriamente apresentados.
– Nunca tivemos a chance... Quando fui tentar meu amigo Miguel foi antes de mim a tomou de mim.
– Como assim “tomou”?
– Eu e ele éramos apaixonados por você... Mas foi ele quem conseguiu o que tanto queria. Seria bom se você voltasse para ele e contasse o que aconteceu. Deve estar preocupado.
– Não. Não aconteceu nada de mais... Pelo não menos comigo e, aliás, ele nunca esteve “apaixonado” por mim. Mas ele me contava de um garoto chamado Bruno que mal conseguia dormir pensando em mim. Eu me aproximei tanto dele, não só por ele ser muito gentil e simpático, mas também porque ele me falava de você. Esse “Bruno” tão especial, em algum lugar pensando incessantemente em mim. E por falar nele, eu estava com ele agora mesmo... Há alguns minutos. Ele me pediu para vir e disse que você estaria aqui..

O rapaz agora estava com um verdadeiro nó em seus pensamentos. Tudo que ele pensava ser, não era mais. Era muito melhor. Os dois se abraçam ali mesmo no chão. Quando Bruno lembra-se de ter recebido uma mensagem. Ao pegar o celular ele vê que é do mesmo número que havia mandado fazer tudo aquilo, e lê:

“Tive que fazer o que fiz. Obrigado por acabar com meu sofrimento”.

Bruno não acredita no que lê. Corre para a praça, para confirmar suas suspeitas e quando chega até o homem que havia matado ele vê Miguel sorridente, morto no chão e com seu celular ainda em sua mão. O mesmo celular que usara para dar as instruções para Bruno, e nele estava escrito:

“Sentirei sua falta. Eu a amava, sim. Mas não estava pronto pra estragar uma amizade de anos só por causa de uma garota. Tive que escolher entre me desfazer de uma vida inteira que passei ao seu lado, ou um resto de vida inteiro sem você. Escolhi te fazer feliz, afinal, você é como um irmão pra mim e é isso que os irmãos fazem! Alegram uns aos outros. Só ter a satisfação de ter juntado vocês já me deixa mais que feliz, me deixa orgulhoso de ver meu maninho tão sorridente. Desculpe pela bagunça e vá viver sua vida junto dela. Um dia nos reencontraremos, tenho certeza.
Ass.: Miguel”.

11/01/10 – 20h21min

Buried Alive




My own feelings are smothering me. They are tightening my chest ‘till the day I won’t be able to breathe any more, the day my heart will stop beating. I’m always surrounded by doubts, fear, possibilities, desires, needs and responsibilities. But most of the times I just throw all of this things away and start thinking about life, how wonderful life could be, how great it would be if I were at her side all the time.
If only I could hold her right now… But I can’t. This emptiness is crushing me down, like I’m inside a coffin been buried with tons of dusty regrets.
After I’ve dug my own grave and locked myself into this box, my fate fill the hole with dust, dirt, shame, ignorance and broken hearts – one among them is mine.
Destiny has become my enemy and love has become my hideout from life and all the shitty things in it. I struggle to feel her, hold her hand and kiss those glamorous lips… But life is not that simple. I’ve got to deal with it the way it is. Unfair, cruel, evil and dark, that’s how life is. I need her to light up things for me, ‘cause I can’t face this alone.

01/16/2011 – 15:42

sábado, 15 de janeiro de 2011

Conto de Fadas



Estou enfeitiçado? Que poção me deste?
Não posso acreditar em meus olhos, pois eles me levariam direto à perdição. Não agüento lutar contra isso, essa magia é mais forte do que eu.
Afinal o que és? Princesa, fada, sereia, ninfa ou deusa?
Na realidade não quero saber. Ambos sabemos que eu não sou nenhum “príncipe-encantado”, mas, num ato de ousadia, peço a mão dessa linda donzela.
Atravessaria mundos, mares, desertos, florestas, lutaria contra exércitos, reis, monstros, deuses e morreria por essa que roubou meu coração. Ela me amaldiçoou a amá-la até o fim de meus dias.
Será... Só sei que não preciso e nem quero de uma cura. Quero ser seu humilde servo.
Nossa história pode não ter tido um “era uma vez...”.
Mas acabará com um “felizes para sempre”.

02/12/10 – 00h10min

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Halloween



Essa é uma data que assusta, literalmente.
Meus pesadelos mais ocultos e aterradores se tornam realidade.
Estou no escuro, com vozes ecoando em minha cabeça. Chamam-me de fraco, covarde e mal.
De mal só tem o que você me fez. Você me faz suar, tremer, chorar, desejar nunca ter te conhecido, pois inevitavelmente eu me apaixonaria.
Como pude ser tão ingênuo e tolo ao ponto de deixar meu coração nas mãos de alguém tão cruel?
Meu país acaba de escolher uma mulher para dirigi-lo nos próximos quatro anos.
Já eu, te escolhi há tempos e não é por quatro anos, é pra sempre.
Estou fadado a ter meu coração apunhalado por suas mãos frias por toda a eternidade.
E isso, EU escolhi.

31/10/10 – 23h59min

domingo, 9 de janeiro de 2011

REVELAÇÕES TARDIAS... FIM BREVE.





Ele aguarda impaciente a volta de sua amada. Dias... Semanas... A cada minuto de sua ausência ele sente as lembranças dela cercando-o, sufocando-o. Os dois estão incomunicáveis. A única coisa que o dá motivos para sorrir é pensar no dia que se reencontrarem. Amarga espera será recompensada com a mais doce das sensações.

O dia tão esperado finalmente chega! Ele está eufórico, perplexo e chorando de emoção. Logo quando pode, liga para ela e ouve aquela voz aveludada fazendo cócegas em sua alma. O tom do rapaz deixa notar que ele está de garganta seca e quase sem forças para segurar o telefone. Eles marcam um encontro para matar a tão cruel saudade que os tortura.
Mas, como sempre, ele chega ao local combinado muito antes... Afinal o pobre coitado não dormiu essa noite. Seus pés batendo no chão como se estivesse solando uma bateria emocional. Feliz.
De repente surge a silhueta dela, sua querida, sua amada, seu motivo de chorar, seu motivo de sorrir. Ele disfarça as lágrimas no caminho até ela.
Os dois param centímetros um do outro e olham fundo, um nos olhos outro. Aquele brilho que eles esperaram ver por tanto tempo, finalmente está ali, ofuscando a vista deles. Abraçam-se como se não se vissem há anos. Um abraço apertado, quente, apaixonado. Seus corações juntos parecem socar um ao outro de tanta felicidade. Afrouxam os braços e se beijam inocentemente. Assim ficam tempo de mais para saber ao certo. Logo vão se sentar e conversar um pouco. O papo fluía naturalmente, até que... Ela diz uma notícia que ele jamais esperaria ouvir. Ela viajaria de novo no dia seguinte para outra cidade.
Ele fica sem ar. Eles acabaram de se rever e já teriam que se separar novamente? Isso não foi muito bem aceito pelo rapaz... Lágrimas correm seu rosto e pescoço. Ele fica assim, sem palavras e vendo seu reflexo patético nos olhos dela.
O rapaz diz:
– Quando voltas?
Seu amor fala:
– Nunca.
Ele mal sente seu coração parar. Está tremendo, gaguejando coisas sem sentido, suado e desesperado.
– COMO ASSIM “NUNCA”?
– Simples... Não é apenas uma viagem. É uma mudança. Meu pai, por ser embaixador, terá de mudar daqui e seus serviços começam já semana que vem. Tornando necessário que viajemos logo amanhã.
– Onde é essa cidade? Brasília? São Paulo? Rio de Janeiro? Vou para lá! Não importa onde for! Largo tudo e vou atrás de você! Não vivo sem você! Por favor, fique, tenha uma vida aqui comigo!
– Nos mudaremos para a Irlanda. Meu pai residirá lá para relações internacionais com o Brasil.
Ele quase desmaia após ser atingido com tamanha surpresa. Porém, estranhamente, a garota parece estar encarando a situação com certa naturalidade.
– Não sentes o que sinto? Não sofres com o que me atormenta?
– Sim. Mas se eu deixar minha posição agora posso tornar tudo muito pior para nós dois.
– Entendo... Mas ao menos podemos dar nosso último abraço, aquele do qual nos lembraremos para o resto de nossas vidas. Separados fisicamente, mas sempre juntos em espírito. Corações de mãos dadas até o fim.
– Lógico. Eu te amo – ela sussurra em seu ouvido.
Eles dão seu último abraço. O último contato que terão na vida. Logo depois cada um segue seu rumo e nunca mais se vêem.

No dia seguinte o rapaz dá os toques finais numa forca que acabara de pendurar no teto de seu quarto. Ele pega uma cadeira em silêncio para que seus pais não tentem impedi-lo. Ao subir na cadeira ele escuta vindo da sala uma notícia na TV...
– Notícias internacionais: brasileira de 16 anos encontrada morta na Irlanda. Com seus pulsos cortados e um bilhete sujo de sangue em cima de uma mesa, dizendo: 

“Sempre te amei e nunca deixarei de te amar. Quando disse a última vez que te amava, foi a última coisa que disse em vida. Quando cheguei em casa, não falei com meus pais, na viagem não disse nada. Tudo para que minhas palavras finais tivessem realmente significado e para a pessoa que realmente significa algo para mim. Você”.

Ele não acredita no que acaba de ouvir. Agora, mais decidido que nunca, passa a corda em volta de seu pescoço, sussurra para si mesmo “Céu ou Inferno, não importa. Já vou me encontrar com você, meu amor” e chuta a cadeira.


09/01/2011 – 16h23min


PS: Gostou? Comente!


Você existe?



Essa é uma pergunta que eu não posso responder sozinho.
Eu tenho medo de nunca mais ver beleza em outra pessoa, medo de jamais enxergar pureza em outros olhos, medo de nunca mais amar outra mulher.
Eu sou a solidão à procura de uma companhia, um preso procurando um motivo pra escapar, um louco à busca de uma razão para não se curar.
Mesmo diante de meus olhos, não te vejo.
Porém quando não há nem sinal de você, sinto sua presença, seu perfume, seu toque.
Estou doente? Delirando? Não, e não.
Estou apaixonado, entorpecido com o amor.
Você é uma lente que borra a nitidez da minha vida e só foca meus olhares em ti.
Dói viver com a culpa de ter feito algo errado, mas não se compara com a angústia de nunca ter tentado.
Cadê você? Eu preciso de você.
Volta! Eu te amo.

26/10/10 – 01h06min

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ah, eu te entendo



Saindo de uma noite como outra qualquer, num restaurante medíocre, só esperando chegar em casa e dormir. Uma cena me chama a atenção.
Uma mulher, linda e morena, sentada à uma mesa com uma garrafa de cerveja para lhe fazer companhia. Esperando algo, ou será alguém?
Para você, querida, só tenho um conselho. Não fique aí, não lamente, pare de fazer-se de vítima e vá procurar alguém que a mereça.
Pois eu não escutei minha consciência e agora já perdi a conta de quantas garrafas já foram...

07/11/10 – 19h03min

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um dia não é o bastante



Estou aqui. Você está aí. Lembro quando estávamos lá, juntos.
Ainda posso sentir seu doce cheiro impregnado em mim como água numa toalha úmida. Seu perfume na palma da minha mão, que lentamente acariciou seu pescoço, ainda está bem vivo e sedutor.
Passo suavemente meus dedos pelo meu rosto, numa tentativa frustrada, patética e desesperada de recordar o toque de sua pele. Perfeito.
Hoje mais cedo, criei coragem de puxá-la pelo braço até mim e provar de seus lábios mais uma vez. Foi tudo tão lindo. Mas agora acabou. Estou aqui. Você está í.
O dia já terminou. Não foi o bastante... Pensando bem... Uma vida inteira não seria.

06/12/10 – 01h07min

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A dor que eu não mostro



Se te amar é sinal de fraqueza então eu mal consigo ficar de pé. Essa é justamente a parte engraçada...
Eu não mostro o quão fraco eu sou, eu deixo meio interior sofrer em sua cela de prisão particular fria e escura – minha mente. Nessa solitária minhas vontades e responsabilidades são torturadas por uma idéia, que faz temer ver o nascer de mais um dia sem você.
As pessoas, a me ver, não fazem idéia do que do que se passa dentro de mim. Se um dia eu puder mostrar, a todos eles, a verdade, tristeza... Enquanto eu estiver limitado ao papel para me entender e me acolher, essa dor só cresce cada vez mais.
Mas chegará a hora em que não haverá mais espaço para a angústia.
Irei explodir. Nesse dia o mundo se verá envolto em trevas e olhará, assustado, para o céu vermelho. Começará uma chuva fina, tudo isso reflexo do que se passava dentro de mim. Mas não são simples gotas d’água, e sim a dor que eu guardei por tanto tempo.
É sangue.
Até afogar todos no que eu também não entendo. Você.

18/11/10 – 18h28min

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

24 horas com ela



É de manhã e eu vou dormir. Comemorei sua resposta a noite toda e agora vou ver o Sol nascer. Deixarei o canto dos pássaros me ninar, usando a luz que vem da janela como cobertor e O ouvir dizer “pode descansar, meu filho”.
Há algumas horas quando você disse “sim” eu te abracei com todas as minhas forças e prometi nunca solta-la. E assim ficamos por vários minutos até eu te levar para a cama, sonolenta em meus braços. Nas horas seguintes fiquei ali, olhando para você, pensando, sonhando, agradecendo e quase não acreditando.
Quando termino minha reflexão percebo que me deitarei ao seu lado. Que privilégio!
Seu rosto esculpido por mil anjos perfeccionistas quase me faz desmaiar. Seu espreguiçar e seus gemidos de quem acabara de acordar me fazem abrir os olhos, mas continuo chorando. Um beijo de bom dia e um abraço de duas pessoas que não se vêem há anos. Essa é nossa manhã.
Depois saímos, sem rumo, só pelo prazer da companhia um do outro. Num dia frio, por ruas desertas e silenciosas o suficiente para ouvirmos nossos próprios passos e nossas respirações ofegantes por estarmos um do lado do outro. Um vento suave sopra várias folhas e pétalas por toda parte. Os cabelos dela na brisa me desconcentram...
Eu tropeço e caio no chão estabanado. Ela, dativa e gentil, como sempre, se abaixa e com um gesto doce põe sua franja atrás da orelha e pergunta se estou bem.
Meiga! Eu a puxo para o chão e ficamos ali, na calçada mesmo, sem nos importarmos com opinião de uma cidade fantasma. Essa foi nossa tarde.
Voltamos despreocupados para casa. O que ela
Enquanto ela toma um banho, eu ponho meu pequeno plano em prática. Quando ela volta se depara com a sala toda à luz de velas, Jazz tocando no fundo e eu segurando uma caixinha. Pro trás de seu cabelo ainda molhado vejo olhos brilhado com a expectativa. Ajoelho-me, abro a caixa e nela uma aliança. Faço aquela pergunta – óbvia, mas necessária.
“Quer se casar comigo?”. Uma pausa quase imperceptível e ela diz eufórica “SIM!”.
Essas foram as melhores 24 horas da minha vida. Com você e mais ninguém.
Esse foi nosso dia.

20/11/10 – 03h23min

Auto-engano

Tenho um presente para você. Meu coração. Agora que o arranquei de meu peito, espero que guarde-o, pois eu não faço a menor idéia de
como coloca-lo de volta...
Sei que não é muito, mas é tudo que me restou para te dar.
Caso você não o queira, não se preocupe, eu o deixarem ao relento para apodrecer, pois não quero dá-lo a mais ninguém.
A propósito, eu só queria dizer uma última vez que eu te amo.
Pode não querê-lo, mas ao menos segure-o, pois sem ele estou prestes a morr...

                                                 13/11/10 - 23:10

Nada pode te substituir



Toda noite eu deixo uma foto sua ao meu lado, só para parecer tê-la sempre que for dormir. Cada dia é uma foto diferente, para que isso não vire uma rotina doentia. Pensando bem... Isso já é doentio.
Uma necessidade constante, freqüente e crescente me leva lentamente à perda total de senso e vontade própria.
Não agüento mais abraçar esse travesseiro frio e sem vida. Quero sentir seu coração batendo, seus braços me envolvendo, seu cabelo me cobrindo. Quero me sentir vivo mais uma vez.

26/12/10 – 16h43min

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Saudade




Saudade não é lembrar do que “foi” e lamentar o que “não é”.
Saudade é pensar no que “está sendo” e imaginar o que “será”.

04/01/2011 – 23h19min

Enxugando as lágrimas



Não sei se vou suportar mais um segundo ecoando em minha cabeça, com o ponteiro do relógio rindo de mim. A imagem do meu teto está gravada em minha mente, depois de tanto olhá-lo. Decorei a posição de cada mínima sujeira e mancha que, normalmente, não veria. O padrão dos móveis em meu quarto já está me deixando enjoado, sempre que eu entro vejo a mesma cama, a mesma televisão, a mesma cômoda e a mesmíssima janela, sempre aberta, sempre deixando um pouco de luz entrar em minha vida.
Estou, literalmente no fundo de um poço, é bem mais fundo que imaginava. Minha única esperança de liberdade é: se você me jogasse uma corda.
Não aceitaria a ajuda de mais ninguém – amigos, família... Ninguém! – só sentiria o ar fresco meus pulmões e o calor do Sol se você me puxasse para fora dessa prisão. Você é a única pessoa que eu espero ver, única que eu quero ver.
Mas não posso. A falta de compromisso e responsabilidade me acorrenta aqui em casa, enquanto você se vai e aproveita sua vida. Sua voz percorrendo cada canto escuro de minha cabeça me desconcentra. Miragens de você correndo e rindo bem na minha frente me guiam a um lugar, imaginário, de onde você nunca sairá. O brilho das estrelas à noite faz me lembrar de seus olhos, que podem ver dentro de mim, ver o que realmente sou.
Cada memória sua é uma apunhalada nas costas. Cada momento com você é um curativo pra cada facada que me dei. Em outras palavras, quanto mais tempo eu passar longe de você mais tempo precisarei ficar contigo, para que me cure de uma doença chamada “solidão”.
Em meio a tanta saudade, tem algo que me conforta. Imaginar nosso reencontro.
O cruzar mágico de olhares, a onda de arrepios subindo pela minha espinha, as lágrimas descendo meu rosto.
Estou contando ansioso os segundos até nos revermos. Nesse momento faltam exatamente... 1.036.794 seg. Sério, fiz as contas, e isso me deprime. Mas me dá algo pra esperar, algo pra acreditar que vai se realizar, um ponto infinitesimal de esperança.
Bem, agora o que me resta a fazer é sentar e aguardar um milagre acontecer, ou você voltar pra mim. Queria ter asas agora.
Ah se eu tivesse --
Agora só faltam 1.035.923 seg...

04/01/2011 – 20h04min

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um bastardo e sua solidão



Sozinho num quarto escuro. Essa tem sido minha rotina nas últimas semanas. Não sinto mais fome, cansaço, frio, nem vontade de viver. A única coisa que me aperta o coração é o medo. Medo de te perder; medo de, no fundo, nunca ter tido você; medo de que tudo isso tenha sido em vão.
A pergunta mais freqüente, a passar pela minha mente, é “por quê?”.
Por que minha vida é só um emaranhado de incertezas e caminhos duvidosos?
Por que não posso ser feliz com aquela que eu amo?
Por que o destino SEMPRE interfere em nosso amor?
Por que me pergunto se isso realmente é “amor”?
Pensei ter encontrado uma mina de ouro ao te conhecer... Agora estou rezando para que não seja tudo falso.
Hoje não fiz metade do que pretendia fazer; não segurei sua mão, não te abracei devidamente, não te beijei... Fui um verdadeiro figurante nesse dia. Só ali do seu lado, frio e parado. Sem saber o que dizer, sem saber o que fazer.
Meu maior desejo é que você sinta o mesmo que eu. Nada de se torturar ou lamentar-se pelo que não aconteceu, quero que se sinta feliz na minha presença, do jeito que eu me sinto na sua. Não tenho a coragem de te abordar e perguntar o que pensa, o que sente... Mas quero saber.
Estou com seu perfume ainda em minha blusa, mas não estou com você em meus braços, não mais.
A cada dia que passa certas coisas estão ficando mais atraentes, como: a minha janela no 10º andar, a faca da cozinha, a banheira, um garfo que sorrateiramente entraria numa tomada desavisada... Tenho que parar de pensar assim, antes que essas idéias se concretizem.
PRO INFERNO COM ESSA SOLIDÃO.

04/01/2011 – 00h26min

domingo, 2 de janeiro de 2011

Sorte no Azar



O jogo não depende de quem dá as cartas, mas sim de quem faz a jogada.
É preciso rolar os dados e torcer, pois nada na vida é certo. É como ganhar duas vezes seguidas numa roleta de cassino, é como participar de uma roleta-russa e sair vivo.
Você define sua própria sorte, é só escolher se quer tê-la ou não.
Agarre-a com tudo que puder, pois chances na vida são várias, mas oportunidades de conhecer alguém incrível como ela só tem uma.

23/11/10 – 08h47min

(PS: Mais tarde nesse mesmo dia, pedi a garota dos meus sonhos em namoro... *-*)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Fome de Amor

Já faz mais de uma semana que não a vejo. Sete dias sem motivação alguma...
Não sei de onde tirei forças para escrever esse texto. Talvez seja desse vazio, dessa falta de calor humano, falta de afeto, falta de amor.
Minha mente sempre ausente, pensando nela. Meu corpo sempre sem ação, procurando uma razão para continuar vivo. Não encontro, nunca encontro. Só há uma e não preciso de mais.
Ela é a única coisa que me mantém na esperança de ver o Sol nascer todos os dias, esperança de que o amanhã será melhor que o hoje.


 Mas há muito tempo não sinto isso... Minha vista escurece lentamente a cada minuto que fico sem vê-la, dá vontade de cortar meus dedos por cada segundo que fico sem sentir sua pele me acariciando.
Isso não é obsessão, isso é amor. Não sei por que ficou tão forte assim, não faço a menor idéia de como cheguei a esse ponto deplorável. Tudo que sei é que preciso disso, cada vez mais. É como se eu estivesse faminto. Pronto pra matar só para poder saciar minha fome. Mas só há uma pessoa que eu estou disposto a matar para que isso tudo se resolva. Eu mesmo.

02/01/11 – 00h59min