Quem sou eu

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Pátria, Amada, Brazil
Apenas um rapaz, um rapaz que não tem medo de mostrar seus sentimentos, aliás, tem orgulho. Amor não é algo para ser guardado oculto dentro de nós, mas sim dividido com o mundo, pois o amor está em falta ultimamente...

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

De frente com a realidade (?)





Já teve injustamente seu sono arrancado de você?
Já sentiu o infeliz impacto da realidade tirando-lhe de seu sonho?
Como se um trem te atropelasse e te trouxesse de volta à vida?
Pois é... Mas dessa vez não foi um sonho.
Foi tudo tão rápido... Bastou a vista escurecer, o vento parar de soprar, as vozes se calarem e o carro bater.

Sentia como se eu estivesse correndo atrás dos sonhos que fogem de mim.
Mais rápido, mais rápido.
Eles vão escapar, não os alcançarei.
Mais rápido, mais rápido.

Até que alcancei o concreto, e ele me deu um soco tão real que nunca mais serei capaz de sonhar.
Uma colisão bruta, que tentou me acordar pra vida. Se palavras não bastam para me tirar as esperanças, talvez quase morrer me ajude a abrir os olhos.

Enquanto observava os pedaços de metal retorcido eu esperava pelo instante em que fosse acordar na minha cama. Mas essa foi mais uma expectativa inútil.
Nada além da quietude do meu erro veio fazer companhia no meio do nada.

Fui atrás do que acreditava, segui o que achava ser certo, só para quebrar uma suspensão e um coração.
Corri de mais, fui muito longe pra voltar atrás.

E agora? Mal posso avisar quem eu amo de que está tudo bem. Não sofri nada além de cortes e arrependimentos.

O que mais dói, não foi a batida, mas sim a injustiça.
Sou ignorado, esquecido e recebido com ameaças gratuitas.
Sabendo que enquanto eu escuto o telefone tocar na expectativa de que você atenda, pode estar nos braços de outro aproveitando a ilusão de felicidade que o toque da pele lhe proporciona.

Ele não passa de um sortudo estranho que mal lhe conhece. Que através de palavras genéricas de conforto ganhou sua confiança.
Aproveitando-se dos momentos de fraqueza e solidão de um rostinho lindo como o seu, que já cansou de encontrar falsos amigos.

A abstinência de abraços e beijos deve ter chegado ao limite para você.
Afinal, não confia mais em mim. Pois de mim já tens tudo, menos o contato físico pelo qual tanto lutamos ao longo desses anos.

Estou confuso. Eu e você lembramos o que você me dizia ao telefone há uma semana.
Mas e agora?
Some num dia, ignora-me em outro, e deixa outra pessoa jogar desaforos agressivos na minha cara?
Ela pensa mesmo que está te protegendo me atacando?
Se for nisso que ela acredita, lembre-a de que eu não sou o vilão da história.
Eu me esforcei dia após dia para lhe fazer sorrir e tentar consertar a sujeira que pessoas sem coração fizeram na sua vida.
E é assim que sou reconhecido pelo bem que te fiz? Insultos, ameaças e se fazer de surda depois de anos de luta?
Não ganhei muita coisa enquanto namorado, mas pensei que como amigo/irmão eu fosse mais bem tratado.

O que aconteceu? Por que está se escondendo? Preciso de você em minha vida, do mesmo jeito que você disse precisar de mim na sua. Lembra-se?


P.S.: Te vejo em 9 dias, “bebê”.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

1 ano + 9 meses = ?





Um ano e nove meses depois, eu ainda me pego lembrando os primeiros instantes de nossas vidas juntos.
Um encontro por acaso, forjado pelo destino de dois corações que clamavam por amor.
Encontrei-a. Finalmente te achei.
Agarrei-me nessa oportunidade, nessa pessoa estranha, diferente, única, misteriosa, instigante e encantadora.
E prometi, inúmeras vezes, que não soltarei de ti.
Minhas unhas estão cravadas na esperança de um futuro brilhante e uma história incrível. Uma história de amor.

Um ano e nove meses depois, e ainda me pego imaginando como tudo seria se tivesse começado de um jeito "normal"?
Se eu estivesse mais presente... Será que eu viraria mais uma rotina? Um mero ritual cívico e social de manter um relacionamento? Será que me tornaria desinteressante? Será que, se eu estivesse todos os dias batendo à sua porta ao anoitecer, você teria se cansado de mim?
A distância pode ter cumprido um papel importante em nossas vidas. Ao invés de simplesmente nos afastar, ela pode ter mantida viva aquela curiosidade, a vontade, a expectativa... A distância foi a cortina que manteve a magia sempre presente.
"Como será o toque de sua pele?"
"Como será o sabor de seus lábios?"
"Como será acordar ao seu lado?"
Coisas que a distância não responde, mas que nossas mentes e corações arriscam sugestões animadoras.

Um ano e nove meses depois, e eu ainda me pego acreditando.
Como uma criança inocente que jura que o Papai Noel virá... Não é difícil crer em milagres quando se namora um anjo. Acredito em nós; que o amanhã será sempre melhor, porque dele você fará parte. Eu creio que a vida ainda nos reserva muito.
A nossa vida.
Uma vida juntos.

Um ano e nove meses depois... E ainda sou o mesmo.



26/10/2013

sábado, 2 de novembro de 2013

Esperança de chegar em casa




As luzes amarelas dos sinais de trânsito piscando sem parar me lembram constantemente de que já está tarde.
Não há carros, nem pessoas. Só eu, dirigindo solitário pela noite fria.
Gotas leves de uma chuva tímida acertam o pára-brisa e enfeitam a paisagem repetitiva de ruas pelas quais passo.
Acelero cada vez mais. Sei que há algo muito especial me esperando em casa. Na verdade, alguém. Aquela "alguém".
Ansiosa para me rever. Não há tempo a perder.

A cidade parece morta. Não vejo luzes nas janelas, não ouço sons além de meu próprio carro. O ar estagnado e gelado entra por uma fresta na janela semi-aberta.
Nessa aura de ausência e vazio, eu e Ela traremos a vida de volta à noite. Faremos da noite criança novamente. Veremos o Sol nos pôr para dormir.

Mal posso esperar para chegar em casa. Vê-la deitada, serena e terna em nossa cama.
Não conheço muitas formas de expressar o que sinto, mas espero que as que escolhi sejam suficientes para você.
Continuarei fazendo o melhor que puder.

Mas quando chego em casa, sou recebido por uma cama vazia e um celular.

Por enquanto o que me resta é ouvir sua voz...
Ela pode não estar comigo, mas um dia será minha, escreva isso.

Escrevendo juntos




Não quero que você seja mais uma história triste, que poderei contar várias vezes para outros fracassados sentados à mesa de um bar imundo.
Quero que possamos contar nossa própria história, juntos. Uma história feliz.
O romance das nossas mentes. Lembra-se desse livro? O livro escrevíamos um capítulo por dia?
Um conto de altos e baixos. Uma ficção possível. Um sonho palpável.

Sei que está inacabado, há várias páginas ainda a serem escritas. Já temos as palavras para preencher as folhas em branco. Agora só basta derramá-las no papel.

Mas lembre-se:
Não estamos nesse mundo para fazer literatura; estamos aqui para fazer história.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Fomos. Somos. Seremos.






Andando de braços dados - nunca fomos chegados a dar as mãos enquanto caminhamos - vamos em direção ao nada.
Não importa o destino, mas sim a jornada. Compartilhar instantes efêmeros que se eternizam com o toque quente de nossas peles.
Andando.
As nuvens nos cobrem, como um veludo sereno e cinza.
Passos leves e constantes nos guiam para onde não queremos saber.

Olho para seu perfil angelical sempre que me certifico de que não há nada em que eu possa tropeçar.
Ela retribui os olhares e sorri sempre que nossos olhos se cruzam.
Mas que sorriso...

Estamos dividindo um fone de ouvido, no último volume, tocando uma música que não ouvimos. Nada entra em nossas mentes, a não ser o amor que transborda do brilho de nossos olhos.
Parecemos crianças. Eternas crianças.
Afinal, para mim, ela sempre será um bebê. Do qual cuidarei enquanto eu viver. Meu bebê.

A noite vira madrugada e as gotas de chuva saúdam o novo dia com uma garoa gostosa, aquelas de salpicar o corpo como alfinetadas gentis, pontadas de carinho gelado.
Ela se encolhe e se aperta a mim, trêmula. Olha em meus olhos e com doçura diz:
- Esquente-me... Deixei meu bendito cárdigan no carro...
Sorrio e desfaço-me do casaco cinza rasgado que sempre uso como uma segunda pele.
- Aqui, pronto.
Digo enquanto envolvo-a com o moletom macio e aquecido com meu calor.
Ficamos de testas coladas a medida que ela escorrega as mãos por dentro das mangas. Então, ajudo a fechar o zíper.
Juntamos os lábios num longo beijo. Beijo? Na verdade ficamos de lábio colados sorrindo pelo prazer de estarmos vivos, jovens e apaixonados.
Alguma vez na vida se sentira indestrutível? Imortal? Independente de tudo e de todos?
Pois assim estávamos.
Assim éramos.
Assim somos.
Assim seremos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Será que agora serei feliz?








Jogar fora todas as coisas que fiz vai me fazer sorrir de novo?
Acho que nenhuma dela adiantou para mantê-la feliz, satisfeita, apaixonada...
Será que valeram a pena?
O que farei com os retratos, os desenhos, os poemas, textos, músicas, lembranças, sonhos e esperanças?
Quer que eu queime e esqueça?
Será que agora serei feliz?
Por que de repente desistiu de mim, depois de tanto prometer que não teríamos fim?
Você está me impondo um fim. Você está me matando.
Você diz que já me amou, mas não entende porque não ama mais...
É tão fácil assim deixar de lado tudo pelo que passamos?
Por favor, já que é tão simples, me ensine.
Será que agora serei feliz?
Você está me privando de meu maior objetivo, meu maior sonho, meu único desejo. Você está desperdiçando todas as minhas orações e toda minha perseverança.
Gastei tudo que tinha, e até o que não tinha, abandonei planos, pessoas e vontades, mas nunca desisti de você.
Nunca. Nem mesmo quando ameaçara me matar. Bater minha cabeça na parede até explodir. Mesmo depois de te ver daquele jeito e ouvir tudo o que disse naquela fatídica sexta-feira 13, continuei olhando encantado para você, continuei te amando e continuei, mais do que nunca, a querer te proteger.
Pare e reflita por um instante, quantos passariam pelo que eu passei e continuariam te tratando do modo como te tratei?
Quantos não te abandonariam?
Quantos permaneceriam com a sanidade intacta e o coração forte?
Quantos?
Continuei a querer ser aquilo que nenhum outro conseguiu. Continuei a querer dar o que ninguém mais daria.
Você superestima algumas pessoas que não te merecem e subestima um cara que daria o mundo por você.
Bem, parece que meu bebê cresceu... Não quer mais minha proteção, meu carinho, minha atenção, nem meu coração.
Irônico...
Será que agora serei feliz?



Então quer dizer que não farei o projeto da nossa casa?
Nunca conheceremos o Miguel? E quanto à Valentina?
Não te levarei num zoológico para vermos pandas?
Nunca faremos aquele ritual apaixonante de dar “bom dia” um para o outro tarde aos domingos?
Nunca veremos “O Hobbit”, “Deixe-me Entrar”, “Se Enlouquecer Não Se Apaixone”, “O Fantasma da Ópera” e mais tantos outros filmes juntos?
Minha guitarra vai juntar poeira, afinal, o único motivo pelo qual eu a tocava acabou de escapar por entre meus dedos como fumaça.
Minha comida vai estragar, perdi o apetite.
Meu corpo vai adoecer, já não tenho mais forças... gastei todas com você.
Minha mente vai enlouquecer, na verdade, já enlouquecera há muito tempo.
Mas ainda há uma coisa. Uma coisa que não irá mudar.
Uma coisa que prometi ser sua para sempre.
Uma coisa que não vale nada, ainda mais agora...
Uma coisa... Uma única coisa.
Essa coisa ai no seu bolso.

Meu coração mastigado e cuspido. Fraco e frágil.
Ele ainda é seu, por mais deformado e machucado que esteja.
Ele ainda bate por você.
Pode pisoteá-lo o quanto quiser, ele não ficará mais feio do que já está.
“Leonardo” é só mais um nome para você agora?
O mais irônico é que não sei o porque disso tudo...Tínhamos um futuro tão lindo pela frente.
Miojo, cupcakes, pudim, Coca-Cola, passeios de carro, viagens sem rumo, motéis de beira de estrada, juventude apaixonada, casamente, aliens, família, vidas.
Tínhamos um mundo só nosso.
Onde guaxinins e lhamas se amavam, onde os únicos nomes seriam Johnny e Sally, onde elfos dizem “Melinyel” um para o outro, onde peixes se beijam...
Tínhamos tudo. Bastava apenas acreditar.



Você sempre me aproximou muito de Deus. Temo pelo que será de mim agora sem você...
Será que agora serei feliz?
Depois de tudo.
Mesmo depois da ameaça de ser processado e preso por um advogado possessivo e duas caras.
Depois de ser iludido por uma sogra mentirosa.
Depois de ser amaldiçoado por minha própria cunhada, que prometera fazer de minha vida um inferno – parece que a maldição funcionou.
Nada disso me intimidou.
E agora sou deixado de lado como um brinquedo velho...

Depois de anos...
Nós nos conhecemos como ninguém. Além de amantes, fomos melhores amigos.
Depois de agüentar horas de crianças gritando e cachorros latindo, depois de inúmeras ligações caírem, depois do sinal péssimo que mal me deixava ouvir você falar que me amava...
Sabe quantas músicas serão arruinadas?
Sabe quantas canções me trarão lágrimas nos olhos e dores no peito?
Sabe o que é não poder mais ouvir Vermillion Part 2 sem desabar no chão, esmagado pelas melhores lembranças da minha vida?
Sabe o que é recordar os momentos mais felizes e preciosos de minha vida e não sorrir mais?
Sabe o que é passar pelo que passei e ter tudo rasgado bem na sua frente sem motivo algum?
Afinal, onde está o motivo para isso tudo?
Onde estão as explicações e os porquês?
Não tens um pingo de compreensão por mim?
Se vais me abandonar, pelos menos me diga a razão da partida.
Levando em consideração o namorado que fui, acho que esse é o mínimo que eu mereço.
Uma despedida digna.
Mas nem isso eu tive... Você apenas se escond silêncio do telefone.
A mesma pessoa que num dia diz “hoje sentei no mesmo lugar do nosso primeiro beijo” subitamente pergunta “seus amigo já sabem que não estamos mais juntos?”.

Estou confuso. O que quer de mim? O que costumava querer de mim?
E o mais importante:
O que fez tudo isso mudar da noite para o dia?
Eu não sei... Você sabe?
Talvez saiba. Só vou descobrir assim que você parar de segurar muda o telefone e começar a explicar o porquê.



Pandas, elfos e vampiros tem telepatia, mas pareço ter perdido meus poderes... Já não te entendo mais.
Será que agora serei feliz?
E no final, o que aproveitou desses mais de 2 anos e 4 meses?
O que levará para o resto de sua vida?
O que vai ficar?
O que fui para você?
Só me faça um último favor:
Nunca se esqueça do banco de trás do carro, do elevador, da escada, de quando fomos buscar o celular no carro, as mãos em baixo dos cobertores, os beijos, os abraços, a casa em construção, o gosto, os shoppings, a praça naquele dia frio. E nunca se esqueça que naquele dia 27 de Janeiro, você segurou meu rosto e disse “LeonaRdo, você é o amoR da minha vida”.
E quanto a mim?
O que vou levar depois de tudo isso?
Nunca desisti do meu sonho, meu sonho que desistiu de mim.
Obrigado pela consideração.
Será que agora serei feliz?
NÃO.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Shhh...





Passo os dias gritando com aqueles que me atormentam.

Grito para a dor, viro as costas para a solidão, cuspo na cara da saudade, insulto a distância, enfrento o medo... Tudo isso na tentativa de afastá-los da minha mente.
Mas todos aqueles que eu tento afugentar durante o dia voltam para me tirar o sono à noite.
Essas vozes vêm gritar aos meus ouvidos, me tirar o sono, amaldiçoar meus sonhos. Elas esfregam minha sanidade no chão e arrastam várias vezes ao longo da distância que me separa da única pessoa que me torna são. Sem essa pessoa as vozes podem continuar agindo livremente.

Essas malditas línguas afiadas me cortam e deixam sangrar o resto de mim que ainda não se esvaiu em lágrimas.
Vozes ardilosas... Sabem quando estou fraco, sabem quando sussurrar palavras venenosas e sabem quando gritar esperanças perdidas.
Também sabem que meu amor é minha salvação, meu ingresso para o Paraíso na terra, por isso tentam me afastar dela.
Colocam palavras em minha boca, ideias na minha cabeça e culpa nos meus ombros; culpa pelos erros que me ajudaram a cometer.

Malditas vozes. Um dia ainda hei de calá-las.
A luz divina do meu anjo e dos Céus me darão forças para costurar os lábios mentirosos, que então para sempre me deixarão ouvir o que realmente importa: meu Pai falando comigo e meu amor dizendo o quanto me ama.
Mas para que eu encontre essa clareira iluminada com luzes celestes, preciso antes de ajuda.
AmoR, não me abandone... Você me dá forçar para continuar crendo, continuar lutando e continuar vencendo.
Me entenda, me perdoe, me ame. Só não me deixe.

sábado, 10 de agosto de 2013

Sonhar é para os tolos. Prazer, me chamo Tolo.





Tudo que eu mais queria era apenas tê-la ao meu lado... Mesmo que não seja possível hoje, ou amanhã, ou daqui a um ano... Esse é o sonho que me move, que me motiva a me tornar melhor a cada dia. Esse é o sonho que me inspira e me faz continuar sonhando.

Coração confuso



Diz que me ama, mas na verdade não ama...
Ou será que ama? Ou apenas ama?
Mas se amasse, você realmente me amaria?
Que amor é esse que não sabe se ama, que não sabe porque deixou de amar, que não entende mais o que é amar...?
Que amor é esse que tão de repente tomou o lugar do seu antigo amor por mim?
De quem é esse coração perdido no seu peito?
Só espero que não seja seu...


Ainda tenho a esperança de encontrar o seu coração escondido no meio das nossas lembranças juntos, pois lá ele tem refúgio, lá ele tem aconchego, lá ele tem carinho... lá ele tem coisas que agora não posso dar...
E assim que eu encontrá-lo, farei com que ele enxergue que nossas recordações são apenas fotos no álbum incompleto de nossas vidas.

Farei com que ele se lembre que não precisa temer as distâncias. 

Por mais que elas intimidem, pense nelas como cortinas de teatro. São grandes, encurtam nossa visão e escondem o que está por trás delas.
Cabe a nós esperar o momento certo de abri-las e começar o espetáculo.
Temos uma oportunidade de ouro para que façamos a peça mais linda de nossas vidas, uma obra-prima que eu gosto de intitular "Namorados Comuns Por um Dia".


Por que não aceita o papel principal ao meu lado?
O que te deixou tão indecisa?
O que te fez perder a fé em nós?
O que deixou seu coração tão confuso?
Só não mais confuso que o meu...

Chance de uma vida



Temos em nossas mãos a oportunidade que nunca imaginávamos conseguir.
Podemos pela primeira vez ser normais, como qualquer outro casal.
Podemos acordar tarde juntos, desfrutar do ritual doce de levantar e ver as expressões amassadas e sonolentas um do outro, podemos nos vestir e sair para tomar um sorvete, uma Coca, ou ambos no McDonald's ao lado da minha casa.
Podemos ser aquilo que nunca pensamos nos tornar...
Por poucas semanas, seremos dois jovens no meio da multidão.
Aproveitaremos dos prazeres efêmeros e simples de dar as mãos, andar, rir...
Passaremos desapercebidos.
Quem diria que depois de anos dizendo o quanto somos diferentes do resto do mundo minha maior súplica seria ter um dia normal ao seu lado...?
Irônico, não acha?

Mas precisamos aproveitar enquanto esse sonho é palpável, enquanto podemos alcançá-lo.
Então o que me diz?
Me dê a mão e me deixe mostrar um pouco de como serão nossas vidas daqui pra frente.
Me dê a chance de ser um namorado de verdade uma vez na vida, ao invés de apenas ser uma voz na sua cabeça antes de dormir.

sábado, 16 de março de 2013

Luzes da cidade




Sem medo, pelas ruas desertas, nós andamos. Buscando um rumo que não existe, vivendo um sonho palpável chamado amor.
Nossas sombras intermitentes seguem o ritmo das luzes que passam por nós. Sem pessoas, sem carros, sem sons.
Apenas eu e você na imensidão silenciosa de asfalto e concreto.
Apenas nossos passos ecoam pelos becos e vielas.
Caminhando de mãos dadas, você agasalhada com meu casaco, enquanto eu resisto ao frio da madrugada com uma mera regata branca.
Seu andar me fascina. Passos calmos, curtos e suaves. Não me incomodo em acompanhar cada um, maravilhado.
Já que a cidade carece de vida, porque não sentarmos na calçada, com os pés na rua, e aproveitar a privacidade que a noite nos traz?
O cavalheirismo não morreu. Ajudo-lhe a se sentar no meio-fio, logo lhe faço companhia no chão.
Estamos entrando no inverno, mas parece que está presente há meses, pois o ar congela e nossas respirações condensam. É uma visão única olhar para você toda encolhida envolta de si mesma, apertando o moletom contra a pele num abraço solitário, tremendo e sorrindo carinhosa.
Meu coração transborda com uma overdose de carinho e admiração que sinto por você.
Meu anjo, sentada ao meu lado, desejando-me com o olhar.
Nem grilos estão presentes para fornecer um trilha sonora para nosso momento sozinhos.
Tenho que romper o silêncio que já começa a pesar o ar.
E então nossos beijos se fazem audíveis. O encontro sublime de lábios que pouco se conhecem, mas muito se entendem, a coreografia improvisada de nossas línguas que juntas dançam, a pele que arrepia - mas não de frio-, os olhos que mesmo fechados são capazes de ver dentro um do outro.
Amor sincero, puro e irrefutável sendo derramado num único beijo que preenche não apenas nossas bocas, mas nossas almas.
Não sinto frio, não sinto fome, não sinto sono, não sinto dor e, muito menos, não sinto saudade. Finalmente a tenho, só para mim.
E por não conseguirmos dormir, trouxe-a para cá, para as ruas vazias de uma cidade fantasma.
Está nublado e as nuvens estão pintadas com um alaranjado belo, embora artificial.
Os prédios estreitam o horizonte, as janelas todas fechadas dividem os mundo individuais de cada um, e nos oferecem um momento de privacidade aparente.
A única coisa viva nessa cidade, além de nós, são as luzes que não nos abandonam.
Os postes que nos iluminam e nos acompanham enquanto continuamos nossa caminhada solitária até lugar nenhum.
Somos apenas eu e você no meio do nada.
Perfeito. Pois com você não quero mais nada.

Seremos sempre assim... Um casal iluminado sozinho no mundo.
Não precisamos do mundo.
Não precisamos das pessoas.
Precisamos apenas um do outro.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Vivendo dormindo e sonhando acordado



Nos momentos de silêncio solitário eu escuto os verdadeiros gritos.
Minha mente, meus sonhos, minhas frustrações, meu ódio, minhas vontades, minha alma... Todos gritam, por mais um dia perdido na quietude de sua ausência.
Saber que agora poderíamos estar juntos, saboreando o breve gosto da juventude, o sabor inconfundível e inconsequente que lentamente se amarga com o tempo desperdiçado.
A vida é curta demais para aceitarmos a imposição que a distância nos faz. Nem que eu tenha que deixar tudo para trás, afinal nada importa sem você em minha vida.
Quero provar de ti novamente, me banquetear na sutileza de nossas palavras, na imaterialidade dos nossos desejos e em como podemos torná-los reais com beijos e toques apaixonado.
Quero desfrutar da passageira oportunidade que temos de ser felizes.
Sinto falta de como nossas bocas se conhecem, de como nossos corpos se entendem, de como nossos corações se acariciam, quando nossos peitos estão colados, pelo suor que nos cobre nossos corpos.
Memórias e sonhos se confundem nos pensamentos gravados na minha mente. Já não consigo distinguir o que aconteceu do que eu quero que aconteça. Meus desejos são tão palpáveis... E o que fizemos juntos é tão surreal...
Uma mistura de sanidade e loucura.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Diário da solidão – O Telefonema...






Quando a voz de um anjo fala aos ouvidos, os olhos retribuem com lágrimas sinceras, saudade em sua mais pura forma cristalina.
Poucos segundos bastam para que todas as lembranças, vontades, sentimentos e esperanças saiam radiantes através do brilho reluzente do meu olhar apaixonado.
Soltar o pranto reprimido de um mês de espera é uma sensação única, poder lavar-se com a própria vitória, desabar vislumbrando um futuro brilhante! Nosso futuro, meu amor. Só nosso!

Diário da solidão – 1ª Noite



Minhas palavras são como drogas, nos momentos de maior fraqueza tenho de recorrer a elas. Numa tentativa frustrada de ser compreendido, ou apenas ouvido.
Preciso de você para me tratar, antes que eu sucumba à teimosia de minhas pálpebras que se negam a fechar. Dormir deixou de ser descanso e virou um desafio constante de toda noite.
Era tão bom quando eu podia deixar o mundo e mergulhar nos meus sonhos com sua voz ainda em minha cabeça. Quão maravilhoso era ouvi-la dizendo o quanto me amava...
Boa noite, meu amor. Pois espero que sua noite seja melhor que a minha.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Diário da solidão – 1º Dia



Enquanto a chuva cumpre seu papel de borracha apagando o horizonte, eu vislumbro o céu escuro. A neblina vem me abraçar com seu toque gelado, sinto-me acolhido pelo crepúsculo que pinta as nuvens de vermelho.
Tudo tão... Vazio. Um Espaço que antes era preenchido por algo.
Uma coisa muito importante.
Mas fui roubado... Agora nada tenho além de vácuo a ser ocupado.
Tento encher a lacuna em branco, a ferida aberta, a noite com insônia, a refeição sem fome com algo igualmente importante, mas importante como ela não há, e nunca haverá.