Quem sou eu

Minha foto
Pátria, Amada, Brazil
Apenas um rapaz, um rapaz que não tem medo de mostrar seus sentimentos, aliás, tem orgulho. Amor não é algo para ser guardado oculto dentro de nós, mas sim dividido com o mundo, pois o amor está em falta ultimamente...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Alimentando a dor



Há horas que sentimos a necessidade de nos fazermos de vítimas. Precisamos de um pretexto para derramar uma lágrima e reafirmar nossa condição de meros humanos.

Teu beijo me envenenou; depois dele minha vida perdeu totalmente o gosto.
É fácil ver que não consigo te esquecer, basta olhar para o sorriso sínico e ingênuo do meu coração, que acredita não precisar mais de você para ser feliz. Pobre tolo.
Sempre fui um observador distante de sua beleza. Nunca tive efetiva coragem de me aproximar e ser quem eu queria que você conhecesse. O medo de perdê-la me prendia a um comportamento repetitivo e desconfiado.
Você era meu trunfo, minha vida. Você era minha. Será mesmo?
Dizem que só damos valor às coisas que temos depois que as perdemos. Eu te supervalorizava antes e depois de tudo acabar.
Agora vivo um Déjà Vu do que uma vez fomos. Memórias, momentos, mentiras.
Ainda canto as músicas que costumavam tocar quando estávamos juntos. Lembro-me de cada palavra dita, cada gesto e cada olhar. Cegamente fui guiado mais e mais dentro dessa insanidade chamada Amor. Sem notar a fria realidade por trás dos teus olhos falsos.
Não importa onde eu tente me esconder, esse sentimento continua a me assombrar.
Ouço vozes na minha cabeça e tudo o que fazem é reclamar. O que eu não faria para ter a mente apagada? Calar todos esses que enchem meu pensamento de idéias erradas, jogar fora todas as nossas lembranças juntos, da mesma maneira que você fez.
Recordações cruéis, que oprimem e cobram de mim justo aquilo que perdi.
Eu não minto; minhas verdades que são difíceis de aceitar.

Não é saudade o que sinto, pois não posso sentir falta de algo que nunca tive.

21/07/11 – 01h 39min

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sonho



A única diferença entre sonho e realidade é o quão dispostos estamos a acreditar no que está diante de nós.

Meu quarto – palco de muitas histórias – agora se torna cenário de uma mentira; um sonho mais real do que os momentos que passei com Ela. Estranhamente, não estávamos sozinhos. Havia outros no mesmo lugar, porém estáticos, meros figurantes mudos, numa cena onde eu protagonizava um reencontro. Não me lembro de seus rostos.

Ela, a única que reconheci, recostada na cabeceira da minha cama, parada. Aproximo-me dos lençóis perfumados com seu cheiro. Deito-me ao seu lado, mas minha presença passa despercebida. Vidrado naquela garota com olhar perdido no nada.
Toco-lhe o ombro e, suavemente, seus olhos tornam em minha direção. Todos à nossa volta somem.
Eu e ela passamos alguns instantes nos encarando com sorrisos inocentes.
Sua mão me envolve o pescoço e me puxa para perto, até ficarmos de rostos colados.

Senti o canto dos lábios dela procurando os meus, vindo cada vez mais, até que antes de perceber, estávamos nos beijando. Como costumávamos fazer. A mesma sensação que por tanto tempo me consumia e me tentava.
Aquela pele macia sendo pressionada contra minha saudade. Nunca me senti tão vivo.
Nostalgia assustadora.
Pena que nosso beijo durou pouco...

Subitamente, ela vira-se e corre para outro cômodo. Lá fui eu seguindo-a. Ao encontrá-la pergunto minhas últimas palavras: “por que não podemos apenas tentar?”.
Notei que estava prestes a me responder, mas nada ouvi.

Um ruído ensurdecedor me amedronta e me faz levantar assustado. Era o maldito relógio que arrancou ela de mim tão de repente.
Tudo aquilo não passara de mais uma noite com memórias me traindo.

Mas quando acordei, meu pescoço suava justamente onde ela me tocou. Minha boca estava seca. Meu corpo tremia.
Fora apenas um sonho? Espero que não.

19/07/11 – 15:35

domingo, 10 de julho de 2011

Vagando sem rumo, pensando em tudo



Sabe qual é a única coisa que não pode ser roubada de nós? Nosso bem mais precioso, íntimo e oculto? Nossas idéias. Uma vez postas em nossas cabeças, cabe a nós mesmos tirá-las.
É impossível pedir que alguém esqueça de algo por nós, ou retome uma lembrança perdida. Nossas mentes são nossos únicos espaços de privacidade plena.
Por isso sofro, você não sai de minha mente. A imagem de seu sorriso envergonhado repetindo freneticamente através de minhas memórias, aquela sua frase curta, porém forte, ainda me deixa sem fôlego – “eu te amo” –, a esperança de um dia poder sentir o toque de sua pele macia me traz lágrimas nos olhos todo dia.
Expectativa é um pensamento traiçoeiro, pois ela limita nossas esperanças à uma idealização que muitas vezes não condiz com o real.
A imaginação nos trai, porque quanto mais nós criarmos um mundo só nosso mais ele se afasta do concreto.
Sonhos... São apenas devaneios da mente. Necessidades de vagar por entre anseios e desejos. Sempre dói ao notar que tudo aquilo que vimos, tocamos e sentimos, não passara de uma noite de sono como outra qualquer.

Falta de realidade é o que nos motiva a continuar vendo o mundo à nossa maneira, sempre lindo. Não queremos o real, o normal, o comum. Queremos algo mais... Além.
Por isso lhe asseguro que a única coisa que ainda me falta para que possa considerar minha vida completa é você. Um sonho que espero nunca se tornar realidade, pois deixaria de ser perfeito.

10/07/11 – 23h11min