Quem sou eu

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Pátria, Amada, Brazil
Apenas um rapaz, um rapaz que não tem medo de mostrar seus sentimentos, aliás, tem orgulho. Amor não é algo para ser guardado oculto dentro de nós, mas sim dividido com o mundo, pois o amor está em falta ultimamente...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Minha promessa




Todo abraço sincero e apaixonado que você me dava apertava meus pulmões e me roubava o fôlego.
Toda palavra soava como um delicado acorde. Aos poucos suas frases tornavam-se canções, músicas que eu canto até hoje na solidão.
Todo beijo lembrava-me de nosso primeiro. Preciosos minutos que não voltam. Desbravar teus lábios na inocência de encontrar neles o que eu procurava tão desesperado – o amor.

Com o tempo teus olhos ficaram incolores; teu perfume, inodoro; teu toque, comum; teu beijo, insípido.

As incontáveis páginas de poemas e juras de amor que eu lhe entregara iam mofando, ficando amarelas como seu sorriso falso ao me ver. Passou a me abraçar cabisbaixa, desmotivada, triste.
Meu amor ignorante me vendou.
Para mim você continuava a mesma. O cabelo passou a cobrir o brilho que vinha dos olhos. Tua pele ficou fria, ao toca-la eu sentia a necessidade de aquecê-la , quando na verdade era um sinal. Só mais um de vários outros sinais.
Como não pude vê-los?
Porque eu não sei enxergar, eu sou um cego guiado por sentimentos.

E agora o que me resta?
Não nos falamos, mau nos vemos, nós nunca mais sorrimos na presença do outro.
Você me prometeu que no fim continuaríamos a amizade que construímos antes do amor a destruir. Pena que nem todos cumprem com o prometido...
Lembra-se de minha promessa?
Lembra-se daquele buquê de flores vermelhas que te dei certa vez? Nele vinha uma rosa de plástico e um bilhete dizendo: meu amor por você só acabará quando a última flor morrer.
Lembra-se de minha promessa?

23/06/11 – 17h37min

terça-feira, 21 de junho de 2011

No meu velório...





Um dia de sol escaldante, o canto dos pássaros nos envolvia. As pessoas na rua, despreocupadas, como se nada tivesse acontecido, mal sabem que alguém entre elas se fora hoje. Afinal, só um não fará a menor diferença, certo? Só fará quando for você aquele prestes a partir. E chegara minha vez.

Num típico funeral o que se espera? Chuva, dor, saudade, comoção, lágrimas?
Não hoje. Pois nesta manhã quente não via-se nada disso.
As carreatas que acompanham os amados mortos me esqueceram.
No meu velório só estão presentes os funcionários da funerária, pagos apenas para despejar meu corpo num buraco.

Cemitério ermo. As lápides me encarando, chamavam meu nome. Minha cova previamente feita me aguardava ansiosa.

Não há quem se importe, ninguém ousa comparecer, aliás, não mereço presença. Nenhuma viva alma sentirá minha falta.
A terra me esmagando, a luz se já não me alcança, a esperança já me abandonara.
Após ser enterrado percebo que devia ter partido mais cedo. Devia ter livrado o mundo de mim há mais tempo.
Só peço que não se esqueçam de mim, do quanto me sacrifiquei por vocês, da vida que desperdicei por amor.
Será que tudo isso valeu a pena? Tarde demais para descobrir. Agora só me resta apodrecer.

21/06/11 – 23h11min

terça-feira, 14 de junho de 2011

LIEBE



Desabafar com as paredes é a única opção que me resta.  Não há mais quem suporte me ouvir, pois meu coração não suporta mais sofrer.
Eu não entendo a repercussão de meus atos, eu raramente penso antes de fazê-los. Mas ontem foi a última gota.
Num mundo tão vasto, eu tinha logo que sentir isso por você...? Tenho medo de dizer “apaixonado”, porque não quero colocar em risco tudo que passamos e tudo que temos.
Aquela noite deixará cicatrizes profundas em nós. Duvido que esqueçamos o que se passou entre aquelas paredes. Um sonho? Um pesadelo? Ambos?
Não sei o que pensas de tudo isso, só quero que saiba que tudo que fiz foi por medo. Medo de te perder, medo de demonstrar algo que nunca imaginei sentir, medo de deixar outra pessoa toma-la de mim.
Nunca ponderei em como seria te desejar, e isso me assusta. Tudo que compartilhamos parece convergir a esse momento no destino, onde eu, inevitavelmente, sentiria algo por você. Mais avassalador e contraditório que nunca.
Antes da noite passada éramos companheiros, confidentes e amorosos. Agora não faço idéia do que pensar de mim. Por causa de minhas atitudes premeditadas me afastei involuntariamente de uma das razões do meu viver – você.
Jamais fora minha intenção distanciar-me de ti. Apenas aconteceu. Enquanto estou a sucumbir e a me amaldiçoar, você aproveita a paixão recém-encontrada. Trocando palavras doces e promessas ternas com teu amor (esses seriam meus planos para nós dois) você se aproxima mais e mais de uma vida feliz. E essa vida é tudo que eu desejo para você. Meu único arrependimento é que não será comigo. Ainda te amo do modo como sempre amei, mas agora não sei do que sou capaz de fazer. Preciso me acalmar e me conformar que essa é uma luta perdida, pois vitoriosos são aqueles que estão predestinados a ganhar. Do mesmo modo que eu estou fadado ao desgosto eterno e à mágoa incessante. Nunca vou deixar de te amar, mas será necessário deixar de te querer.
ICH LIEBE DICH.

14/06/11 – 14h37min

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Escrevendo para aquela que não me escreve




Quando estou longe de você eu choro de saudade.
Quando te vejo meus olhos se enchem d’água,
 por saber que você jamais será minha.
Todo o tempo gasto juntando coragem para lhe dizer o que meu coração clama... Tudo jogado fora.
Tantos planos, tantas idéias, tanta esperança; nada me resta.
Você... Justo você que me fazia perder o sono toda noite e acordar no dia seguinte com um sorriso estampado no rosto. Justo você... Foi embora e encontrou felicidade nos braços de outro.
Assim que a notícia me atingiu, senti como se fosse um tiro atravessando-me o peito e furando-me a única coisa que lhe prometeria – meu coração.
Agora, cada vez que grito teu nome sou ignorado; sempre que ouso lembrar do teu rosto, sou ferido nas cicatrizes de amores passados; quando tento tocá-la sou empurrado de volta para o canto escuro alcunhado de solidão. O amor pra mim se tornou uma busca rotineira onde não há pistas, caminhos, rotas, atalhos ou placas. Tudo não passa de um ciclo onde não vou a lugar nenhum sendo guiado por uma luz que, por mais que eu acredite ser esperança, é apenas um resquício de pessoas que alcançaram a felicidade.
Meu coração não bate, mas ainda se parte.

09/06/11 – 22h07min