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Apenas um rapaz, um rapaz que não tem medo de mostrar seus sentimentos, aliás, tem orgulho. Amor não é algo para ser guardado oculto dentro de nós, mas sim dividido com o mundo, pois o amor está em falta ultimamente...

terça-feira, 21 de junho de 2011

No meu velório...





Um dia de sol escaldante, o canto dos pássaros nos envolvia. As pessoas na rua, despreocupadas, como se nada tivesse acontecido, mal sabem que alguém entre elas se fora hoje. Afinal, só um não fará a menor diferença, certo? Só fará quando for você aquele prestes a partir. E chegara minha vez.

Num típico funeral o que se espera? Chuva, dor, saudade, comoção, lágrimas?
Não hoje. Pois nesta manhã quente não via-se nada disso.
As carreatas que acompanham os amados mortos me esqueceram.
No meu velório só estão presentes os funcionários da funerária, pagos apenas para despejar meu corpo num buraco.

Cemitério ermo. As lápides me encarando, chamavam meu nome. Minha cova previamente feita me aguardava ansiosa.

Não há quem se importe, ninguém ousa comparecer, aliás, não mereço presença. Nenhuma viva alma sentirá minha falta.
A terra me esmagando, a luz se já não me alcança, a esperança já me abandonara.
Após ser enterrado percebo que devia ter partido mais cedo. Devia ter livrado o mundo de mim há mais tempo.
Só peço que não se esqueçam de mim, do quanto me sacrifiquei por vocês, da vida que desperdicei por amor.
Será que tudo isso valeu a pena? Tarde demais para descobrir. Agora só me resta apodrecer.

21/06/11 – 23h11min

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