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Apenas um rapaz, um rapaz que não tem medo de mostrar seus sentimentos, aliás, tem orgulho. Amor não é algo para ser guardado oculto dentro de nós, mas sim dividido com o mundo, pois o amor está em falta ultimamente...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Fomos. Somos. Seremos.






Andando de braços dados - nunca fomos chegados a dar as mãos enquanto caminhamos - vamos em direção ao nada.
Não importa o destino, mas sim a jornada. Compartilhar instantes efêmeros que se eternizam com o toque quente de nossas peles.
Andando.
As nuvens nos cobrem, como um veludo sereno e cinza.
Passos leves e constantes nos guiam para onde não queremos saber.

Olho para seu perfil angelical sempre que me certifico de que não há nada em que eu possa tropeçar.
Ela retribui os olhares e sorri sempre que nossos olhos se cruzam.
Mas que sorriso...

Estamos dividindo um fone de ouvido, no último volume, tocando uma música que não ouvimos. Nada entra em nossas mentes, a não ser o amor que transborda do brilho de nossos olhos.
Parecemos crianças. Eternas crianças.
Afinal, para mim, ela sempre será um bebê. Do qual cuidarei enquanto eu viver. Meu bebê.

A noite vira madrugada e as gotas de chuva saúdam o novo dia com uma garoa gostosa, aquelas de salpicar o corpo como alfinetadas gentis, pontadas de carinho gelado.
Ela se encolhe e se aperta a mim, trêmula. Olha em meus olhos e com doçura diz:
- Esquente-me... Deixei meu bendito cárdigan no carro...
Sorrio e desfaço-me do casaco cinza rasgado que sempre uso como uma segunda pele.
- Aqui, pronto.
Digo enquanto envolvo-a com o moletom macio e aquecido com meu calor.
Ficamos de testas coladas a medida que ela escorrega as mãos por dentro das mangas. Então, ajudo a fechar o zíper.
Juntamos os lábios num longo beijo. Beijo? Na verdade ficamos de lábio colados sorrindo pelo prazer de estarmos vivos, jovens e apaixonados.
Alguma vez na vida se sentira indestrutível? Imortal? Independente de tudo e de todos?
Pois assim estávamos.
Assim éramos.
Assim somos.
Assim seremos.

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