Os ventos trazem uma fragrância úmida que denuncia a chuva prestes a cair.
É fascinante ver o baile de nuvens; montando figuras, mosaicos de algodão nos ares. Como se Deus estivesse a pintar um quadro numa tela em branco no céu. Mas agora elas formam um espesso cobertor que é puxado sobre nossas cabeças imparciais. Um lençol de retalhos escuro e furado que se estende sobre a cidade.
É fascinante ver o baile de nuvens; montando figuras, mosaicos de algodão nos ares. Como se Deus estivesse a pintar um quadro numa tela em branco no céu. Mas agora elas formam um espesso cobertor que é puxado sobre nossas cabeças imparciais. Um lençol de retalhos escuro e furado que se estende sobre a cidade.
Ouvir o rufar profundo dos tambores dos céus é intimidador.
Olhando a escuridão das nuvens acima, percebo que é parecida com a escuridão dentro de mim. Um vazio, um nada, um vácuo no meu peito onde a luz não alcança. Uma penumbra que só você iluminaria. Mas você não está aqui, não é mesmo?
Deitar-me e notar que passarei mais uma noite sozinho é revoltante. Ter a plena consciência de que poderíamos estar nos sufocando de desejo agora, é uma agonia que pára o maldito tempo.
Enquanto sonho com o dia que lhe encontrarei, observo as nuvens; minhas únicas amigas, companheiras para todas as horas, pois sentem minha tristeza e vêm chorar comigo.
02/12/11 – 00h20min
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