Vivemos uma hipocrisia de desejo e julgamento. Pecamos e admitimos, mas não paramos. Continuamos escravos daquelas vontades sujas e primitivas.
Queria poder envolver seu rosto com carícias leves, olhar no fundo do castanho quase negro dos seus olhos e pedir pelo perdão.
Saber que a decepção que eu te causo e afasta você de mim é como torcer um punhal no meu peito. A consciência de não ser bom o suficiente para aquela que me entregara o coração é uma lenta morte de dentro para fora.
Não vou culpar o mundo por me oferecer tamanha variedade de sabores e sensações exóticas, culpo a mim mesmo por querer experimentar todas.
“A carne é fraca”. Quantas vezes já me ouvira falar isso?
“A carne é fraca”. Quantas vezes já me ouvira falar isso?
Vou reformular esse dogma: “sou fraco”.
Minha súplica é simples: não desista de mim.
Perdoa-me por ser o que sou.
Perdoa-me por ter errado.
Perdoa-me por não estar do seu lado.
Jamais desistirei de você e da eternidade de felicidade que podemos ter juntos. Você é meu abrigo. Tudo de que preciso nessa vida implacável.
A distância é um agravante para nossas recaídas tristes. Sua ausência me envenena com a necessidade de descarregar meus desejos no que estiver de mais próximo. Se estivéssemos juntos, banharia você a cada minuto com o mais belo sentimento que já me correu às veias.
Agora sei o gosto do arrependimento, e é muito pior do que eu poderia imaginar. Venha suturar os pontos nos meus lábios, que se cortaram ao proferir palavras afiadas e mentirosas. Cuida do meu único bem – meu coração.
Compreenda que não me orgulho do que fui e que pretendo mudar o que sou, para um dia ser o que você sempre sonhou.
Eu te amo.
14/11/2011 – 00h34min