Quem sou eu

Minha foto
Pátria, Amada, Brazil
Apenas um rapaz, um rapaz que não tem medo de mostrar seus sentimentos, aliás, tem orgulho. Amor não é algo para ser guardado oculto dentro de nós, mas sim dividido com o mundo, pois o amor está em falta ultimamente...

domingo, 13 de novembro de 2011

Perdão





Vivemos uma hipocrisia de desejo e julgamento. Pecamos e admitimos, mas não paramos. Continuamos escravos daquelas vontades sujas e primitivas.
Queria poder envolver seu rosto com carícias leves, olhar no fundo do castanho quase negro dos seus olhos e pedir pelo perdão.

Saber que a decepção que eu te causo e afasta você de mim é como torcer um punhal no meu peito. A consciência de não ser bom o suficiente para aquela que me entregara o coração é uma lenta morte de dentro para fora.
Não vou culpar o mundo por me oferecer tamanha variedade de sabores e sensações exóticas, culpo a mim mesmo por querer experimentar todas.
“A carne é fraca”. Quantas vezes já me ouvira falar isso?
Vou reformular esse dogma: “sou fraco”.

Minha súplica é simples: não desista de mim.

Perdoa-me por ser o que sou.
Perdoa-me por ter errado.
Perdoa-me por não estar do seu lado.

Jamais desistirei de você e da eternidade de felicidade que podemos ter juntos. Você é meu abrigo. Tudo de que preciso nessa vida implacável.
A distância é um agravante para nossas recaídas tristes. Sua ausência me envenena com a necessidade de descarregar meus desejos no que estiver de mais próximo. Se estivéssemos juntos, banharia você a cada minuto com o mais belo sentimento que já me correu às veias.

Agora sei o gosto do arrependimento, e é muito pior do que eu poderia imaginar. Venha suturar os pontos nos meus lábios, que se cortaram ao proferir palavras afiadas e mentirosas. Cuida do meu único bem – meu coração.
Compreenda que não me orgulho do que fui e que pretendo mudar o que sou, para um dia ser o que você sempre sonhou.

Eu te amo.

14/11/2011 – 00h34min

sábado, 12 de novembro de 2011

Rascunho do Amor



Curvado sobre uma folha de papel em branco; assim começa mais um dia.
Jogando entre as linhas palavras aleatórias que me surgem na cabeça. Repetindo o refrão triste da minha vida “dor, dor, dor”. O maldito som do lápis correndo as páginas é como se meus sentimentos estivessem rasgando a barreira do abstrato e pulando dentro da realidade. Podem ter se tornado concretos, mas ainda não são tangíveis.
Se eu pudesse tocar meus pensamentos: imaginaria você do meu lado para finalmente senti-la; agrediria violentamente meu ódio que só cresce; mataria a maioria de minhas lembranças; viveria o futuro, e não o presente.
Não enxergo a linha tênue entre ‘viver’ e ‘sobreviver’.
Cada dia é mais desgastante que o anterior. Novas idéias e dúvidas me acometem. Descrença e medo são mais freqüentes com o passar doloroso dos minutos eternos.


Minha total sinceridade pertence ao papel. O melhor ouvinte, o pior crítico, o mais confortável dos ombros, o mais falso dos amigos.
Sua imparcialidade me contagia.

Quem sou eu? Só mais uma página nesse livro tortuoso. Sendo usado de rascunho por um péssimo escritor – maldito seja esse Amor.
Quem é você? O clímax doutro livro, melhor escrito e mais atraente.

Queria ter a sorte de ser posto ao seu lado numa mesma estante dentro de uma biblioteca vazia

12/11/2011 – 00h27min

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A BICICLETA DE DEUS





Numa noite quente de verão tardio, um jovem foi falar com um velho sábio:

"Mestre, como posso ter certeza de que estou vivendo minha vida direito?
Como posso ter certeza de que tudo que faço é o que Deus me pede para fazer?”

O velho sábio sorriu satisfeito e disse:

Uma noite eu fui dormir com o coração muito aflito. Eu estava tentando, sem sucesso, responder a essa mesma perguntas. Foi então, que eu tive um sonho...

Sonhei que tinha uma bicicleta com dois selins. Vi que a minha vida era como uma corrida de bicicleta para duas pessoas, uma bicicleta também.

E vi que Deus estava sentado no selim atrás de mim e... Ajudava-me a pedalar...

De repente, Deus me disse para trocar de lugar... Eu concordei. E, a partir daquele momento, a minha vida nunca mais foi a mesma.

Deus tinha transformado a minha vida que agora era feliz e emocionante...


Mas... O que, de fato, aconteceu desde que trocamos de lugar?

Percebi que, quando eu estava dirigindo, eu já sabia o caminho, e tudo era chato e previsível.

Mas quando Deus tomou a dianteira, tudo ficou diferente...

Ele conhecia lindos atalhos, e subia montanhas, por lugares rochosos em alta velocidade...

Eu continuava sentado no selim... Tudo era maravilhoso... O vento batendo no rosto e Deus dizendo sempre: “Pedala, pedala!”

Às vezes me preocupava e, quando ficava ansioso, perguntava: “Senhor, para onde estás me levando?”

Ele apenas sorria e não respondia. Entretanto, não sei como, comecei a confiar. Logo me esqueci da minha vida “chata” e entrei na aventura.

E quando eu dizia: “Senhor, estou com medo...”, Ele se voltava para trás, tocava a minha mão e, imediatamente, uma grande serenidade me invadia...

Ele me levou até pessoas que tinham os dons de que eu precisava: dons de aceitação, cura e alegria...

Essas pessoas me davam seus dons para que eu os levasse comigo ao longo da minha viagem, ou melhor, da viagem de Deus e minha. E seguíamos em frente.

Deus me disse: “Dê aos outros esses dons; não os retenha; é muito peso na bagagem”. Comecei, então, a distribuir os dons às pessoas que encontrávamos. E percebi que, ao dar os dons, era eu que recebia... e o nosso fardo se tornava mais leve.

No começo eu não tinha confiança em dar a Ele o comando da minha vida. Tive receio de entregar-me a Ele.

Mas Ele conhecia muito bem os segredos da bicicleta:

Sabia como incliná-la para lidar com curvas fechadas,

Sabia pular para superar lugares vazios de pedras,

Sabia voar para encurtar os caminhos difíceis.

E eu então comecei a aprender a ficar calado, a pedalar nos lugares mais estranhos, a degustar o panorama ao redor e a brisa fresca no rosto, a apreciar um companheiro de viagem maravilhoso: meu Deus!

E quando eu acho que não vou aguentar seguir em frente, que não conseguirei mais avançar, Ele apenas sorri e me diz:

“Não se preocupe, eu guio, você só pedala!”

Essa é uma história que nos encoraja a abandonar tudo e nos atirar confiantes nos braços de Deus. A vida e como pedalar uma bicicleta: você só cai se parar de pedalar!

Coloquemos nossa vida nas mãos de DEUS!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

No inferno encontrei um anjo




No discar lento e incerto de seu telefone vejo como nosso contato é frágil. Não ouço sua voz há meses, fico restrito a ver suas poucas fotos repetidas vezes... Doentio. Você é capaz de arrancar minhas lágrimas sem esforço; restam-me poucas, pois já gastei muitas à toa por quem não as merecia. Já você merece não apenas meus prantos de desejo, mas também meu sangue borbulhando de ódio. Ódio desse mundo que insiste em ir contra nós, ódio daqueles que não acreditam no amor, ódio na vida que me privou por tanto tempo de sua presença.

Deus é, sem dúvida, o mais sábio que há, afinal, criara você. Mas me sinto na obrigação de questioná-lo. Apesar de ter criado com tanta perfeição esse mundo ingrato, Ele o fez grande demais, e nos colocou diametralmente distantes.
Agora o inferno não está abaixo da terra, mas sim em qualquer lugar longe de você. Estou bem no meio dele, a mercê de um demônio chamado impaciência. Sua influência é tanta que estou disposto a largar tudo – amigos, família, futuro – para ter o prazer de um mero toque, sentir o calor de um suspiro no meu pescoço, ouvir que me ama.
Não consigo dizer muito apenas com papel e lápis nem com o pouco conhecimento que tenho. Para mim “eu te amo” não basta, mas é tudo que sei.

Recordar como sua voz soa ao telefone. Sua respiração ofegante e trêmula, sempre com um tom meigo e sereno.
Nossos devaneios inocentes durante a conversa mostram o melhor de mim.
Você lapidou e esmerou minhas vontades, sonhos e objetivos. Tudo agora aponta para um futuro em que nós estejamos juntos.

Você é o anjo que me dá esperanças de um dia escapar do inferno, arrependido com o que era e otimista com o que serei (por você). Sei que não é muito, mas se quiser me tomar para si, vá em frente.

02/11/11 – 00h07min