Como uma árvore acenando com a brisa um leve adeus para o Outono que se vai, ainda despreparada para o Inverno que promete castigar. Eu vou perdendo minhas folhas, pedaços de mim se desprendem e voam sem rumo.
Minha paixão e inspiração são apenas mais duas folhas mortas em meio à chuva da muda. Fico restrito a orar que um dia chegue a Primavera.
Os ventos quentes da mudança, do florescer. Tenho que sobreviver na penumbra do campo se quiser ver o Sol nascer em mais um equinócio.
Parado e firme com minhas raízes fincadas em minhas crenças e ideais. Aguardando ansioso o dia que meu amor aparecerá, trazendo as pétalas, os perfumes e a vida de volta à minha casca fria.
19/10/11 – 17h06min
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